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Espiritualidade do catequista
A espiritualidade está na pessoa, assim como o ar que respiramos. Sem ela nos falta o essencial. O catequista é alguém que deve trazer, em si, este ar da graça. Quando nos, arrumamos, em geral, colocamos um perfume, que de acordo com sua fragrância, os que nos cercam sentem logo que este tipo de “perfume” estamos usando. Com isso permitimos que o ambiente seja agradável a vida leve e comprometida. Atraindo para perto de si aqueles que se aproximam.
PALAVRAS – CHAVE: Espiritualidade – Catequista – Igreja
De acordo com o DNC 13 k, “um dos temas centrais da formação do catequista é a espiritualidade: Ela brota da vida em Cristo, que se alimenta na ação litúrgica e se expressa a partir da própria atividade de educador da fé, da mística daquele que está a serviço da Palavra de Deus”.
A liturgia é a prática da espiritualidade. Nela nos alimentamos da Palavra e da Eucaristia. Um catequista que o é de fato vivencia na prática a vida espiritual nestes pilares. Não podemos entender um catequista desconectado da prática. Um exemplo da atriz Paloma Bernardi, que, em uma entrevista no programa da Fátima Bernades dizia, “eu e minha família somos abençoados porque levamos Deus a sério em tudo”.
Não podemos ser Igreja apenas no templo, devemos ser revestidos de espiritualidade, principalmente nos ambientes que frequentamos. Ser LUZ E SAL da terra aonde que estejamos.
Tendo um olhar voltado ainda para o DNC (172), o mesmo nos diz que a “alma de todo método esta no carisma do catequista, na sua sólida espiritualidade, em seu transparente testemunho de vida, no seu amor aos catequizandos, na sua competência quanto ao conteúdo, ao método e à linguagem”.
Os atuais documentos da Igreja de Iniciação a Vida Cristã, abordam a necessidade do catequista ser alguém de vivência. Não apenas uma pessoa que busca os sacramentos ou que motiva os outros a buscarem. Mas ele mesmo é introduzido na fé e no compromisso com sua comunidade.
O Itinerário Catequético, nº 6, p. 41, traz a fala do Papa Paulo VI, que dizia:
Não se pode conceber uma pessoa que tenha acolhido a Palavra e se tenha entregado ao Reino sem se tornar alguém que testemunha e, por seu turno, anuncia essa Palavra(…) é uma diligência complexa, em que há variados elementos: renovação da humanidade, testemunho, anúncio explícito, adesão do coração, entrada na comunidade, aceitação dos sinais e iniciativas de apostolado.
“O cultivo da espiritualidade do catequista deve ser um processo permanente, estando presente e animando os diversos momentos de sua ação, influenciando os meios usados por ele para evangelizar/catequizar, provocando a interação entre fé, vida e comunidade.”
Num contexto da pós-modernidade que oferece uma diversidade de opções religiosas, o catequista deve procurar vivenciar a sua fé de maneira convicta. Buscam espiritualidade que necessitam de luz e força para ser fermento, sal e luz na construção de uma nova sociedade.
“Sem vida de oração, sem vida litúrgica e sacramental é impossível encontrar alimento adequado para tornar a nossa fé comprometida no mundo de hoje”.
“É preciso rezar a vida e viver o que se reza.” (Cadernos catequéticos, nº 10/Paulus)
Os estudos da CNBB, 97, nº 144, diz que a missão do catequista é ampla e exigente, pois dele se requer alta competência no conhecimento da fé e dos conteúdos centrais contidos na pessoa, mensagem e missão de Jesus Cristo, no ensinamento da Igreja. Mas exige-se também dele intensa vida espiritual…
Partindo do pressuposto que o catequista é um mistagogo, o mesmo deverá levar e, conta sua vida de fé na comunidade eclesial, assumindo sua missão de forma coerente e convicta diante daquilo que crer e anuncia.
Com este artigo, deixo aqui minha mensagem aos catequistas. Louvemos a Deus com cânticos e instrumentos sonoros. Deixemos que nosso corpo seja a morada do Altíssimo, por meio dele, façamos transparecer a Luz e o Sal que devemos ser no mundo.